Trabalhadores da Petrofac na Repsol e Plataformas da BP no Mar do Norte lançam greves por salários e rotações de trabalho

O maior sindicato industrial do Reino Unido, o Unite, disse na quinta-feira que cerca de 146 membros iniciarão uma greve nas instalações da Petrofac Repsol nos dias 8 e 9 de Dezembro, "como resultado de uma disputa contínua e cada vez mais amarga sobre salários e condições de trabalho".

"A disputa refere-se à remoção de um pagamento de 10% por tempo igual, anos de aumentos salariais abaixo da inflacção, bem como questões sobre pagamentos de médicos OEUK, quilometragem e funções," disse a Unite.

As instalações da Repsol afectadas pela greve são Arbroath, Auk, Bleo Holm, Claymore, Clyde, Fulmar Alpha, Montrose, Piper Bravo, Saltire, Tartan Alpha e Flotta Oil Terminal

Separadamente, os membros do Unite nas instalações da BP da Petrofac: as instalações de Andrew, Clair, Clair Ridge, ETAP e Glen Lyon também iniciarão greve nos dias 8 e 9 de Dezembro.

A disputa da Petrofac BP gira em torno do rodízio de trabalho, que actualmente é um rodízio de 3 on/3 off. Uma cédula de acção industrial retornou um resultado de 98,3 por cento a favor da acção industrial. Esta acção envolve 76 associados.

Questionado pelo Engenheiro Offshore sobre quais eram as demandas dos trabalhadores em relação às rotações, o Unite Industrial Office John Boland disse: "Rotação 3:3 é trabalhar 3 semanas offshore (21 dias x 12 horas) seguidas de 3 semanas de descanso. É universalmente odiado pelos trabalhadores offshore e foi comprovado em estudos que aumenta a fadiga e o risco de acidentes. Os trabalhadores da Petrofac BP estão exigindo que eles recebam 4 semanas de férias remuneradas do tempo offshore, se tiverem que trabalhar nessa rotação.

A Unite prevê que as greves na Petrofac Repsol e na Petrofac BP "provavelmente causarão perturbações consideráveis".

“As empresas offshore de petróleo e gás estão a obter lucros impressionantes, mas estão jogando Scrooge quando se trata dos trabalhadores que criam esses lucros. Em vez de trabalhar para resolver essa disputa, a administração está a prolongar. Suas acções são as de um empregador ganancioso e insensível, determinado a piorar a situação dos seus funcionários, enquanto os seus accionistas se banham na riqueza criada por meus membros. A Unite apoia e continuará a apoiar os nossos membros da Petrofac pelo tempo que for necessário para que eles cheguem a uma resolução," disse o secretário-geral da Unite, Sharon Graham.

“Nossos membros enfrentaram um corte salarial real e um ataque em seus termos de trabalho ao longo dos anos, como resultado de aceitarem a palavra da Petrofac de que fariam a coisa certa. Os trabalhadores envolvidos nessas disputas estão decididos a continuar com as acções até que as suas reivindicações sejam atendidas. A Petrofac não só pode pagar e resolver esta disputa, mas deve fazê-lo agora para que os trabalhadores dessas instalações possam continuar com o trabalho," disse em nome da força de trabalho, John Boland, da Unite. 

Fonte: Offshore Engineer